A sociedade muda constantemente e não precisamos de nenhum estudo para demostrar isso, basta olhar para nossa própria família, seja de sangue ou não, e conversar com os mais velhos. De uma geração para outra, todos irão apontar mudanças, desde o comportamento das pessoas, até as leis que estavam em vigor.
Dentre essas leis, pode ter certeza, se o assunto for levantado, irão apontar como as regras da Previdência Social mudaram.
Ao longo dos anos, as dificuldades para alcançar a aposentadoria foram aumentando e, ainda quando o direito à ela chega, outras preocupações batem à porta, afinal, estarei recebendo um valor adequado para conseguir arcar com meus custos de vida sem trabalhar?
Sem dúvida, são obstáculos difíceis e que podemos abordar em outro texto, porém hoje, considerando o quanto a Previdência Social mudou, queremos refletir sobre outro questionamento comum: por que contribuir para a Previdência Social se está cada vez mais difícil de conseguir se aposentar?
A resposta é simples: porque a vida é dinâmica e não conseguimos controlar totalmente o que vai acontecer amanhã.
Todos nós temos um plano básico de vida: envelhecer com saúde.
Nunca vamos nos imaginar passando dificuldades que nos impeçam de trabalhar para garantir nosso próprio sustento. Quando pensamos na velhice, imaginamos ela tranquila, sem dificuldades financeiras, talvez até trabalhando ainda com o que gosta, ou mesmo separando essa fase da vida para viajarmos e aproveitarmos oportunidades que, quando novos, não foi possível ter.
Ocorre que nem toda história será assim.
A intenção desse texto não é colocar a velhice como algo temerário, muito pelo contrário: ela é natural, pois é uma fase da vida que, como qualquer outra, tem seus desafios e suas delícias.
O que se propõe é uma reflexão, já que a questão central aqui é que na vida existem imprevistos e estes não necessariamente irão aparecer somente na velhice.
E é nesse ponto que nos deparamos com a importância da Previdência Social.
Se amanhã eu ficar doente, incapaz para trabalhar, como vou conseguir me sustentar? E se eu vier a falecer, aquelas pessoas que dependem financeiramente de mim, como elas ficarão? Se eu engravidar, como vou garantir um tempo maior cuidando do meu filho recém nascido?
Quem contribui para a Previdência Social garante uma cobertura básica justamente para esses momentos em que a vida nos surpreende e passamos por dificuldades envolvendo nossa saúde.
Não, não estamos necessariamente falando sobre conseguir valores equivalentes ao que o segurado recebia quando estava trabalhando, mas sim de uma cobertura básica, uma rede mínima de segurança para conseguir se manter em um momento em que ter os rendimentos mensais por via do trabalho não será possível.
Mesmo torcendo para que a velhice venha com muita saúde e disposição, ela é algo que precisamos planejar, porém, além dela, existem outras infinitas situações que não podemos prever e que são cobertas pela Previdência Social, caso sejamos segurados dela.
E para ser segurado, é preciso contribuir.
Então, o que se quer deixar registrado aqui é: a vida é dinâmica e, por mais que tentemos controlar tudo, isso nem sempre será possível.
Contribuir para a Previdência Social é, basicamente, se proteger garantindo a existência de uma rede de segurança mínima quando imprevistos relacionados a nossa saúde ocorrerem e nos impedirem de trabalhar para garantir nosso sustento.